Freestyle

Autenticidade e vulnerabilidade em "Freestyle" de Froid

Em "Freestyle", Froid explora a tensão entre conquistas pessoais e o peso das expectativas externas. Logo no início, ele afirma: “só é poesia se viver o fato”, destacando que a autenticidade é fundamental em sua arte. Para Froid, apenas quem realmente viveu determinadas experiências pode transformá-las em versos legítimos, o que reforça o compromisso com a verdade em sua música.

A vulnerabilidade aparece em versos como “eu tô doente dentro, eu tô doente fora”, onde o artista expõe suas dificuldades emocionais e a luta contra o comodismo. Ele deixa claro que o sucesso não veio sem custos, mostrando o impacto emocional das pressões que enfrenta. Froid também utiliza referências culturais e metáforas para enriquecer sua narrativa, como em “minha vida é um filme, mano, e nela não vai ter pipoca”, indicando que sua trajetória é intensa e não há espaço para distrações superficiais. Ao mencionar “perdi o cyro pro sistema, que o dinheiro é foda”, ele aborda perdas pessoais causadas por pressões sociais e econômicas. Já em “eu sou meu clube, sou meu time e tô pela vitória”, Froid reforça sua independência e autossuficiência. O trecho “crianças correm igual quando eu tocava a campainha / eu moro estrategicamente bem no fim da linha” mistura nostalgia e marginalidade, mostrando como o passado e o contexto social influenciam sua visão de mundo. Ao longo da música, Froid alterna entre reflexões existenciais e críticas sociais, construindo um retrato honesto de quem busca sentido e reconhecimento em meio a adversidades.