Lupa Nova (part. Santzu)

Autovalorização e crítica social em “Lupa Nova (part. Santzu)”

Em “Lupa Nova (part. Santzu)”, Froid e Santzu exploram temas de autovalorização e superação usando referências esportivas e de mercado. Expressões como “meu passe só valoriza” e “jogo alto, corro o risco” trazem o universo do futebol para ilustrar o crescimento pessoal e profissional dos artistas, enquanto sugerem que o talento deles é tão fora do comum que chega a ser visto como algo quase “ilegal”. O contexto do álbum “Oxigênio (Corona Disco)”, lançado durante a pandemia, reforça a ideia de resistência e adaptação, já que a música foi criada em um período de incertezas. Isso aparece quando Santzu fala sobre deixar para trás opiniões negativas do passado e a pressão constante de sempre precisar ser melhor: “Preciso ser o melhor que eu posso ser / E ainda assim é pouco pra você”.

A música também faz uma crítica social direta. Froid menciona a realidade do bairro, a presença de pessoas falsas e ironiza o consumo e o status em versos como “Patrocínio lupa Oakley” e “Você é o único que paga inteiro / É garotinho, tu é mimado”. O título “lupa nova” faz referência tanto ao acessório de marca quanto à ideia de enxergar melhor as situações e as pessoas, sugerindo uma visão mais crítica sobre o próprio meio. O tom descontraído e autoconfiante, presente em frases como “Frito demais para o rap cru / Preto demais para o Quadro em Branco”, revela orgulho da identidade dos artistas e desafia padrões do mercado musical e da sociedade.