Mantra

Reflexão urbana e resistência em "Mantra" de Froid

Em "Mantra", Froid utiliza a repetição como ferramenta para expressar desejos de justiça e proteção mental diante das dificuldades do cotidiano. O título já indica essa busca por autoconhecimento e força interior, funcionando como uma espécie de oração pessoal. No refrão, ao repetir frases como "Eu queria ser o que ela cobiça / Eu não queria me esquivar da polícia", ele evidencia o contraste entre sonhos individuais e a realidade opressora das periferias, mostrando que seu mantra é, na verdade, um pedido constante por uma vida mais justa e segura.

A letra mistura romance, crítica social e referências à vida urbana. Froid destaca a dificuldade de encontrar paz em ambientes vulneráveis ao afirmar "A paz é o que é mais disputado". Ao mesmo tempo, traz leveza e autenticidade em versos como "O baile tá uma uva" e "É brega, não quero ser formal", mostrando que, mesmo em meio às adversidades, ainda há espaço para prazer e diversão. Assim, "Mantra" se torna um retrato honesto da luta diária por dignidade, justiça e identidade, equilibrando momentos de crítica e descontração.