Jaguar (PrimeiraMente) (part. Raillow)

Crítica social e busca por liberdade em “Jaguar (PrimeiraMente) (part. Raillow)”

A música “Jaguar (PrimeiraMente) (part. Raillow)” de Froid utiliza a imagem do jaguar para simbolizar a agilidade e a esperteza necessárias para sobreviver nas periferias urbanas. O verso “Eu fujo como jaguar” destaca a necessidade de agir com rapidez e estratégia em um ambiente hostil. A letra traz críticas sociais diretas, como em “Reduzem as florestas pra construir mais celas / Porque criar favelas pra exercitar canelas”, denunciando tanto a destruição ambiental quanto a marginalização das populações periféricas. Essas passagens refletem a indignação dos artistas diante da desigualdade social e da falta de oportunidades para quem vive à margem da sociedade.

A narrativa da música alterna entre reflexões existenciais e relatos do cotidiano, mostrando a busca por identidade e sentido em meio ao caos urbano. Froid e Raillow expressam sentimentos de alienação e resistência, como em “Sou livre como incenso depois da carburação” e “Vou andar nessas ruas até o fim da jornada”, sugerindo uma liberdade conquistada com esforço, apesar das dificuldades. O trecho “O que eu quero pra mim é tudo que todo dinheiro do mundo não paga” reforça o desejo por algo mais profundo do que bens materiais. A colaboração entre Froid e Raillow, que vêm de diferentes contextos do rap brasileiro, amplia a visão sobre os desafios das ruas, tornando “Jaguar” uma crônica urbana marcada por sinceridade, crítica social e busca por autenticidade.