Pseudosocial

Crítica à superficialidade social em "Pseudosocial" de Froid

Em "Pseudosocial", Froid faz uma crítica direta à superficialidade das relações sociais, especialmente nas redes sociais. O próprio título já ironiza a falsa sensação de conexão e engajamento que predomina nesses ambientes. Logo nos primeiros versos, como em “Papo pseudo-social, eu não preciso educa-los / Bloqueiam potencial olhe bem para seus calos”, o rapper denuncia a resistência das pessoas à mudança e à reflexão mais profunda, mostrando como muitos preferem manter preconceitos e ignorância em vez de evoluir.

A música também aborda temas como racismo, política e alienação digital, deixando claro que a hipocrisia social não se limita ao ambiente virtual. Froid cita “Apoiaram a escravidão, elegeram a Sarkozy” para mostrar como decisões políticas e sociais refletem valores problemáticos e perpetuam injustiças históricas. Ao mencionar “muros com caco de vidro” e “o estado vai encher vocês com o máximo de merda”, ele aponta para a violência estrutural e a manipulação do Estado. O trecho “Precisamos de um PC que desinstale o caos da terra” usa uma metáfora tecnológica para sugerir a necessidade de uma reinicialização social, mostrando que a tecnologia pode tanto aproximar quanto alienar.

Froid ainda mistura referências culturais e pessoais para reforçar sua identidade e destacar a desigualdade de oportunidades, como em “Nossa competição é desleal, eu sou o Brown você é o Benny”, se colocando ao lado de Mano Brown, símbolo de resistência no rap nacional. Assim, "Pseudosocial" se destaca como uma reflexão crítica sobre a sociedade contemporânea, questionando tanto o passado quanto o presente e chamando o ouvinte à responsabilidade e autocrítica.