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Crítica à alienação digital e social em “Site” de Froid

Em “Site”, Froid aborda de forma direta a desumanização e a alienação causadas pela vida digital e pelo sistema capitalista atual. Logo no início, ao dizer “todos nós virtuais pelo site onde mais / Vislumbram / Orgânico jamais, como os animais”, ele mostra como as relações humanas se tornaram artificiais, mediadas por plataformas digitais, e como a autenticidade foi substituída por interações superficiais. A menção às “impressões digitais” reforça a ideia de que, mesmo sendo únicos, estamos todos sujeitos ao rastreamento e ao controle, perdendo a espontaneidade e a liberdade natural dos “animais”.

A letra também critica a lógica de mercado e a exploração do trabalho. Em versos como “O dono agora faz um leilão / Um abate, um covarde e aplaude essa insanidade” e “Empréstimos, preços e a matemática / Que em tese, as empresas são mercenárias”, Froid compara a vida moderna a um abatedouro, onde as pessoas são tratadas como “carga viva” em uma competição desumana. Isso reforça a sensação de isolamento e opressão. A busca por liberdade aparece como algo raro e valioso, em contraste com os “hábitos” impostos pelo sistema. A figura da “ovelha negra” representa quem questiona e desafia as normas, trazendo uma mensagem de autoconhecimento e resistência. No final, Froid sugere que sobreviver já é um ato de resistência, mas destaca a importância de buscar algo além do básico: a verdadeira liberdade.