Yeah Yeah Freestyle

Crítica à ostentação e autenticidade em “Yeah Yeah Freestyle”

Em “Yeah Yeah Freestyle”, Froid faz uma crítica direta aos símbolos tradicionais de status no rap, como carros de luxo, ao afirmar que não se imagina dirigindo uma Mercedes, mesmo desejando ganhar dinheiro como Adele. Essa postura revela sua preferência por uma trajetória autêntica, sem ostentação. Ao citar Elis Regina em vez de Elvis, Froid reforça sua ligação com a música brasileira e rejeita padrões estrangeiros, mostrando orgulho das próprias raízes culturais. O verso “Porque nós somo' alien, escutando elis” brinca com a ideia de ser diferente dentro da cena, destacando-se por escolhas pouco convencionais e por não seguir o que é esperado no rap mainstream.

A letra também aborda o contraste entre a busca por relevância e a rejeição do estrelismo, como nos versos “Eu não pago pau pra essas estrelinhas” e “Esse tipo de feat não vende / Então você nunca vai ter um desses”. Froid e 6usta ironizam a superficialidade do mercado musical, preferindo valorizar a autenticidade e a conexão real com o público, mesmo que isso não gere grandes sucessos comerciais. As referências ao “Shadowkhan” e a Raffa Moreira reforçam a identificação com figuras alternativas, sugerindo que os artistas se veem à margem do mainstream. O tom descontraído, com humor e autodepreciação, aparece até nos versos mais explícitos, como “Ela põe a boca no meu pau / Frase desse efeito não me falta”, que satirizam a busca por apelo sexual e frases de efeito no rap atual.