PRESIDENTE (part. Natanael Cano, Luis R Conriquez y Neton Vega)

O Mundo Oculto de "Presidente": Poder, Luxo e Contrabando

A música "Presidente" de Gabito Ballesteros, com a participação de Natanael Cano, Luis R Conriquez e Neton Vega, mergulha no universo do narcotráfico e do contrabando, temas recorrentes no gênero regional mexicano conhecido como "corridos tumbados". A letra descreve um estilo de vida luxuoso e perigoso, onde o tráfico de drogas e armas é central. A menção a carros de luxo, como Bugatti, e marcas de grife, como Louis Vuitton e Versace, sublinha a ostentação e o poder financeiro que esse mundo proporciona aos envolvidos.

A música também faz referência a figuras de autoridade e poder, como a "Reina Isabel", sugerindo uma comparação entre o status alcançado pelos traficantes e a realeza. No entanto, a letra deixa claro que o verdadeiro poder não está com os presidentes, mas sim com aqueles que controlam o comércio ilegal. A presença de termos como "cuernos colorados" e "patrullando el charco" indica a vigilância constante e a prontidão para a violência, características desse estilo de vida arriscado.

Além disso, a letra menciona o uso de plataformas digitais como o Telegram para facilitar o comércio ilegal, destacando a modernização e a adaptação dos métodos de contrabando. A música também faz alusão a substâncias como "tusi" e "agua de calzón", que são parte do vocabulário do narcotráfico. A repetição de frases sobre vender e gastar "libras" reforça a ideia de um ciclo contínuo de riqueza e consumo, alimentado por atividades ilícitas. "Presidente" é, portanto, uma representação crua e direta do mundo do tráfico, onde o luxo e o perigo andam de mãos dadas.