X

Provocação e ostentação em "X" de Gapes

A música "X" de Gapes apresenta um universo marcado pela ostentação, provocação e autoconfiança. Logo no início, Gapes faz críticas diretas a outros artistas, como em “Som dele é tão ruim / Que é feio de ver”, deixando claro seu desprezo por quem considera inferior. Essa postura de superioridade se repete em “meu maior pesadelo era nascer igual tu”, reforçando a ideia de que ele se vê em um nível acima, tanto em talento quanto em estilo de vida.

O luxo e o poder aparecem de forma explícita e irônica em versos como “Ela curte quando eu / Mostro a grana no dente” e “Só mais um MC / Que vai ficar na estante”. Gapes ostenta riqueza e sugere que o sucesso atrai interesse, principalmente feminino, ao mesmo tempo em que critica a superficialidade dessas relações. O tom sexual direto, presente em “Na xota quer dedada / Eu botei sem nem ver”, evidencia a crueza e a falta de pudor que marcam a música, alinhando-se ao estilo lírico sem filtros do artista.

No final, Gapes aborda a mudança e a ascensão social: “Garota eu não sou mais / O mesmo de antes / Hoje elas me amam / Só pela minha punch”. Ele mostra que o respeito e o desejo que recebe agora vêm do sucesso e da postura dominante, não de quem era antes. "X" é uma celebração provocativa de autossuficiência, onde luxo, sexo e rivalidade constroem uma imagem de poder e invulnerabilidade.