Google

Humor e autodepreciação sobre privacidade em “Google”

A música “Google”, da dupla Garfunkel and Oates, aborda de forma bem-humorada a prática comum de pesquisar sobre outras pessoas na internet. Logo no início, a letra usa ironia ao afirmar: “The sky isn't blue, and the ocean's not grand” (O céu não é azul, e o oceano não é grandioso), para destacar como é óbvio que todos fazem buscas online, mesmo que neguem. O humor da canção está no contraste entre o discurso e a ação, especialmente no refrão: “I swear, I fuckin' swear I didn't Google you... Okay, I did, I admit it” (Eu juro, eu juro mesmo que não te pesquisei no Google... Ok, eu pesquisei, admito).

A letra também faz uma crítica divertida à paranoia e à necessidade de segurança nos relacionamentos atuais, mostrando como o Google e as redes sociais se tornaram ferramentas para investigar o passado de alguém. Trechos como “It's how we get to know one another / To make sure that we don't get raped” (É assim que a gente se conhece / Para garantir que não vamos ser atacados) e “To make sure that you're not in porn” (Para garantir que você não está em filmes adultos) usam exagero para mostrar como a privacidade se tornou relativa. Ao citar detalhes absurdos, como saber que o cachorro do outro teve herpes, a música expõe como pequenas descobertas online podem gerar julgamentos e inseguranças. No final, “Google” sugere que esse comportamento é universal e inevitável, comparando-o de forma leve e autodepreciativa a tabus do passado, como a masturbação nos anos 50: todo mundo faz, mas ninguém admite.