Mãe Das Bailantas (part. Baitaca)

Tradição e união em “Mãe Das Bailantas (part. Baitaca)”

"Mãe Das Bailantas (part. Baitaca)", de Gauchinho Missioneiro, celebra o papel fundamental do acordeão, chamado carinhosamente de "cordiona", nas festas típicas do sul do Brasil, as bailantas. A música destaca como o instrumento é visto como a "mãe das bailantas", responsável por unir casais e criar romances, como nos versos: “Cordiona faz casamento / Unindo o peão e a china / O piazote, a menina”. Essa personificação reforça a importância da música e da dança na socialização e na formação de laços afetivos na cultura gaúcha.

A letra utiliza expressões regionais como "bochincho", "china" e "piazote", aproximando a canção do cotidiano do interior do Rio Grande do Sul e transmitindo orgulho das raízes locais. O trecho “Pois quando a cordiona chora / É pra plateia sorrir” mostra que, mesmo evocando sentimentos profundos, o acordeão tem a missão de alegrar e reunir as pessoas. Há também um tom bem-humorado e levemente melancólico quando o narrador diz que a cordiona “arruma amor pra todo mundo / Mas não arruma pra mim”, aceitando essa situação com leveza e valorizando o papel coletivo do instrumento. A participação de Baitaca, conhecido por valorizar a vida simples e as tradições do campo, reforça o sentimento de pertencimento e respeito à cultura nativista. Assim, a música se torna uma homenagem à identidade gaúcha e à importância de manter vivas as tradições regionais.