
Disparada
Geraldo Vandré
Consciência social e resistência em "Disparada" de Geraldo Vandré
Em "Disparada", Geraldo Vandré utiliza a figura do boiadeiro que já foi boi para construir uma crítica social direta. O verso “Na boiada já fui boi / Mas um dia me montei” mostra a passagem do trabalhador rural, antes submisso como o gado, para alguém que toma consciência de sua condição e busca autonomia. Essa metáfora ganha ainda mais força quando inserida no contexto do regime militar, período em que a música se tornou símbolo de resistência e luta por liberdade. A comparação entre o tratamento dado ao gado e aos trabalhadores evidencia a denúncia da exploração das classes mais pobres pelas elites, um ponto amplamente discutido em análises históricas da canção.
A letra também aborda a transformação pessoal e coletiva. No trecho “Mas o mundo foi rodando / Nas patas do meu cavalo / E nos sonhos que fui sonhando / As visões se clareando / Até que um dia acordei”, o personagem principal desperta para a realidade e recusa a opressão, reforçando que “com gente é diferente”. O uso do som de chicote na percussão, como relatado em registros sobre a música, intensifica a sensação de trabalho árduo e opressão. Ao final, a recusa em “cantar pra enganar” e a decisão de “cantar noutro lugar” demonstram integridade e resistência, consolidando "Disparada" como um marco de consciência social e política na música brasileira.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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