
Cantiga Brava
Geraldo Vandré
Resistência e coragem em "Cantiga Brava" de Geraldo Vandré
Em "Cantiga Brava", Geraldo Vandré retrata o impacto da repressão militar no cotidiano brasileiro durante a ditadura. Logo no início, a imagem do "terreiro lá de casa" que "não se varre com vassoura / varre com ponta de sabre / bala de metralhadora" mostra como a violência substituiu a rotina pacífica. O artista usa essa metáfora para evidenciar que a repressão e a luta armada invadiram até os espaços mais íntimos, transformando o lar em um campo de batalha. O contraste entre objetos domésticos e instrumentos de guerra reforça a ideia de que resistir se tornou uma necessidade diante da opressão.
A música também aborda a coragem e o sacrifício dos que escolhem lutar. O verso "Quem é homem vai comigo / Quem é mulher fica e chora" reflete valores tradicionais da época, mas, principalmente, destaca a dureza da escolha entre enfrentar ou não a repressão. Em "O que sou nunca escondi / Vantagem nunca contei / Muita luta já perdi / Muita esperança gastei", Vandré revela o desgaste emocional e a vulnerabilidade de quem resiste, mas reafirma sua determinação ao dizer "fugir, nunca fugi / nunca abandonei meu chão". Assim, "Cantiga Brava" se firma como um símbolo de resistência e coragem, conectando-se ao papel de Vandré como uma das vozes mais marcantes contra o autoritarismo militar no Brasil.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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