Pele e Pão
Gérri Rodrian
Nas ruas, em noites de carnaval
Nossa alegria é tanta
Que nos sentimos bebês no berço
Envoltos de tudo
Nossa vida é tanta
Que trocamos o pão pela pele
E esquecemos de matar a fome
E depois
Ficamos doentes
Ficamos doentes
Ficamos doentes
Arrependidos e à procura de pão!
Nos palcos, nos campos, nas camas
Nosso medo é tanto
Que nos sentimos crianças
Em volta de um erro
Nossa vida é tanta
Que damos o pão pela perfeição
Mas esquecemos de matar a fome
E então
O corpo adoece
Então a vida adoece
Então o peito
E vem a vertigem e o furacão!
Em longas noites solitárias
Nossa tristeza é tanta
Que parecemos apaixonados
Em volta da incerteza
Nossa vida é tanta
Que trocamos o pão pelas lágrimas
E esquecemos de matar a fome
Que não tem fim
E só nos resta pedir todo dia
O pão que o diabo amassou
Pra entender o mundo
Pra entender o mundo
Pra entender o mundo
Pra entender o mundo
Pra entender o mundo
Pra entender o mundo
Pra entender o mundo
Pra entender o mundo
Pra entender o mundo
Pra entender o mundo
Pra entender o mundo
Pra entender o mundo
Pra entender o mundo
Pra entender o mundo
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