AI

Crítica à fama e autenticidade em "AI" de GHOSTEMANE

Em "AI", GHOSTEMANE faz uma crítica direta à superficialidade da fama e à efemeridade do reconhecimento na indústria musical. A repetição da frase “When you die, ain't nobody gonna remember you” (Quando você morrer, ninguém vai se lembrar de você) destaca como muitos artistas são rapidamente esquecidos após serem explorados, evidenciando o vazio e a desilusão com um sistema que transforma pessoas em produtos descartáveis.

O título "AI" funciona como uma metáfora para a artificialidade presente tanto na sociedade quanto na música. GHOSTEMANE sugere que muitos artistas agem como máquinas, sem autenticidade ou profundidade. Ao dizer “fuck an icon, eyes on A.I.” (que se dane um ícone, olho na I.A.), ele rejeita a busca por status e aponta para a substituição da criatividade humana por algo mecânico e impessoal. A crítica se aprofunda quando afirma “um homem que diz ser o homem não é homem nenhum”, questionando a autenticidade de quem se autopromove sem substância. O verso “I spend all my time listening to guys who committed suicide” (passo todo meu tempo ouvindo caras que cometeram suicídio) traz uma camada sombria, mostrando como a pressão e a falta de sentido podem levar ao sofrimento real. Já o refrão “cry to wash away the blood” (chore para lavar o sangue) sugere que o choro é uma tentativa de purificação diante da violência emocional e psicológica do meio artístico. No final, GHOSTEMANE deixa claro que sua preocupação está com os fãs genuínos, reforçando sua postura autêntica e crítica.