Gata Anos 2000 (part. L7NNON)

Empoderamento e nostalgia em “Gata Anos 2000 (part. L7NNON)”

“Gata Anos 2000 (part. L7NNON)”, de GIANA, destaca a autoconfiança e a liberdade feminina de forma ousada. Quando GIANA canta “Minha boca solteira não tá na coleira” e “aparece e enlouquece esse canil”, ela usa a metáfora da “gata” para afirmar sua independência e rejeitar padrões impostos. Essas referências remetem à atitude das musas pop dos anos 2000, década que inspira tanto o som quanto o visual da artista, como ela já comentou em entrevistas.

A letra faz menção direta à moda e aos comportamentos marcantes daquela época, como em “Cintura baixa, eu tô calça jeans” e “Vou de cabelo black, jogo uma calça boca de sino”. Esses elementos nostálgicos dialogam com a proposta do álbum “FELÍDIA”, em que GIANA se apresenta como a “gata do rolê, a gata anos 2000, que não tá nem aí pra nada e sabe o que quer”. A participação de L7NNON traz o olhar masculino que reconhece e valoriza essa postura destemida, ao mesmo tempo em que brinca com a dualidade entre desejo e autonomia. O jogo de palavras envolvendo “canil” e “assovio” reforça o duplo sentido: de um lado, a mulher admirada; de outro, a recusa em ser domesticada ou tratada como objeto. Assim, a música celebra autenticidade, empoderamento e liberdade, misturando nostalgia, flerte e autoafirmação em um tom leve e provocador.