Quando Um Mate Traz Saudades
Giba Trindade
Há muito trago guardadas imagens vivas no peito
Que destravam sentimentos quando mateio saudades
Me levando tempo afora por emotivas lembranças
Onde deixei minha infância brincando na mocidade
Tem tanta coisa bonita nesses rincões que visito
Que a cada gole sorvido solto um sonho da prisão
Revendo ternos olhares entre agruras e alegrias
Quando eu passo pelos dias das proseadas no galpão
Precisa luz da ciência para explicar o que habita
Nas imagens escondidas dos rincões de todos nós
Que furtivas vem a tona pelos remansos da alma
Quando nossas horas calmas fazem lembrar dos avós
Neste mundo onde me encontro com diletos corações
Tem conflitos e ilusões mas também muito carinho
Com ancestrais reunidos mateando nas madrugadas
De uma fraterna morada onde o amor tinha seu ninho
Tem o calor dos abraços nessas imagens que trago
Algum tombo mais amargo e sonhos vagando ao léu
E um gosto de benquerença nos gestos pulsando a vida
De velhas mãos estendidas qual escadas para o céu
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