Vaqueiro Anjo
Gil Duarte o Mourao
Foi muna sexta feira na festa da padroeira
Nossa senhora aparecida
O vaqueiro com emoção levava em suas mãos
Aquela imangem querida
O vaqueiro tinha pressa de pagar uma promessa
Pela a cura do seu cavalo
Que tinha a morte certa
Uma ferida aberta pela a estaca do cerrado
Seguiam a procissão fazendo uma oração
Com a alma agradecida
Quando derrepente no meio da multidão
Uma bala sem direção
Veio tirar sua vida
Dizem que uma vez por ano
Um cavalo branco desce a montanha
Sentado apenas no pelego
Um menino negro e uma luz estranha
Parece um pedaço de sol
Aquela luz que vem em suas mãos pequenas
Iluminando a madrugada
Da noite azulada de uma primavera
Aquela vida inocente ceifada assim tão derepende
Peão da vida e na lida um grande campeão
Héroi do mato e na campina
A fé foi seu maior troféu
Chocalho ao som de arpa e banjo
O vaqueiro anjo foi morar no céu
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