No One Is Ever Going To Want Me

A Angústia Existencial em 'No One Is Ever Going To Want Me' de Giles Corey

A música 'No One Is Ever Going To Want Me' de Giles Corey é uma profunda exploração da angústia existencial e do desespero. A letra começa com uma imagem poderosa e perturbadora: 'I'm armed to the teeth / Like a fucking animal'. Essa metáfora sugere uma sensação de estar constantemente em estado de alerta e pronto para a batalha, como se o eu lírico estivesse lutando contra forças internas e externas. A repetição de 'Like a fucking animal' reforça a ideia de uma natureza selvagem e incontrolável, que leva à autossabotagem e à destruição de tudo o que toca.

A referência ao 'bridge of sighs' e à crucificação de Cristo adiciona uma camada de simbolismo religioso e histórico. O 'bridge of sighs' é uma ponte em Veneza, associada ao lamento dos prisioneiros que a atravessavam. Comparar essa travessia à crucificação de Cristo sugere um sofrimento profundo e uma sensação de martírio. A linha 'It's like a birth but it is in reverse' é particularmente impactante, indicando um processo de deterioração e regressão, em vez de crescimento e renovação. A repetição de 'Never gets better, always gets worse' enfatiza a desesperança e a inevitabilidade do declínio.

A música culmina com um desejo desesperado de escapar da realidade: 'I wanna feel like I feel when I'm asleep'. O sono é visto como um estado de paz e alívio, contrastando com a angústia da vigília. A repetição frenética de 'I wanna feel' e o grito final de 'Sleep! Sleep! Sleep!' capturam a intensidade do desejo de fuga e a busca por um refúgio do sofrimento constante. A música, com sua combinação de letras sombrias e instrumentação intensa, é uma poderosa expressão de dor e desespero, refletindo a luta interna do eu lírico contra suas próprias emoções e a realidade ao seu redor.