Dês

O amor resiliente e familiar em “Dês” dos Gilsons

“Dês”, dos Gilsons, explora o amor que persiste mesmo após a separação física, destacando como esse sentimento continua influenciando o cotidiano do narrador. Um ponto marcante é a forma como o afeto se estende além do casal, alcançando pessoas próximas da amada, como “seu pai” e “seu irmão”. Isso mostra que o amor vivido é tão intenso que envolve todo o círculo afetivo, reforçando a ideia de pertencimento e conexão familiar, algo muito presente na cultura baiana que inspira o grupo.

A letra aposta na simplicidade e sinceridade, como nos versos “Eu desejei / Com tal calor / E dediquei / Tão doce amor”, transmitindo entrega genuína. A imagem do Sol que “desponta” e ilumina simboliza esse amor como fonte de luz e alegria, tornando o cotidiano mais encantador. Embora a separação física não seja explicitamente citada, a dedicação e o desejo de bem ao outro sugerem um vínculo que resiste ao tempo e à distância. O tom leve e afetuoso, junto à repetição carinhosa de “menina”, cria uma atmosfera de intimidade e ternura, características marcantes das composições dos Gilsons.