Volare (Nel Blu Dipinto di Blu)

Liberdade e sonho em “Volare (Nel Blu di Pinto di Blu)”

“Volare (Nel Blu di Pinto di Blu)”, na versão dos Gipsy Kings, é uma celebração da liberdade e do poder da imaginação. A imagem de se pintar de azul e voar “en el cielo infinito” (no céu infinito) não é apenas uma metáfora, mas vem dos sonhos vívidos do letrista Franco Migliacci, inspirados nas pinturas de Marc Chagall, onde figuras flutuam no ar com rostos azuis. Esse detalhe artístico transforma a letra em um convite para transcender a realidade cotidiana, como quando o protagonista diz “me pintaba las manos, la cara de azul” (eu pintava as mãos, o rosto de azul) e se deixa levar pelo vento.

A interpretação dos Gipsy Kings, marcada pelo ritmo animado da rumba flamenca, reforça o tom otimista da canção. A repetição de “Volare, oh-oh / Cantare, oh-oh, oh-oh / Nel blu dipinto di blu / Felice di stare lassù” transmite uma sensação de êxtase e liberdade, como se voar fosse sinônimo de felicidade plena. O trecho “Y volando, volando feliz / Yo me encuentro más alto / Más alto que el Sol” (E voando, voando feliz / Eu me encontro mais alto / Mais alto que o Sol) destaca a ideia de superar limites através do sonho. A música convida o ouvinte a se entregar à fantasia e à alegria de viver, mostrando que, mesmo que certos sonhos pareçam únicos e impossíveis de repetir, como em “Pienso que un sueño parecido no volverá más” (Acho que um sonho parecido não voltará mais), vale a pena vivê-los intensamente.