poltergeist

A presença inquietante do amor em "poltergeist" de GIULIA BE

Em "poltergeist", GIULIA BE transforma o conceito de "ghosting" ao usar a metáfora do fantasma para ilustrar como a presença de quem partiu continua assombrando quem ficou. Em vez de simplesmente desaparecer, a pessoa que foi embora se torna uma influência constante e perturbadora. O verso “My love is like a poltergeist / Keeping you up at night, moving things left and right” (Meu amor é como um poltergeist / Te mantendo acordado à noite, movendo as coisas de um lado para o outro) mostra que o impacto emocional do relacionamento permanece, afetando o cotidiano do outro como um fenômeno sobrenatural. Assim, a música inverte a lógica tradicional do ghosting, colocando quem ficou como o verdadeiro assombrado pela memória de quem se foi.

A atmosfera misteriosa e sensual da faixa aparece em imagens como “feel my shadow crawl onto your bedsheets” (sinta minha sombra rastejar sobre seus lençóis) e “feel my hands are creeping in your daydreams” (sinta minhas mãos invadindo seus devaneios), sugerindo que a lembrança da relação invade até os momentos mais íntimos. O videoclipe reforça essa ideia ao mostrar GIULIA BE cercada por lâminas orbitando seu corpo, simbolizando magnetismo e perigo: sua presença é ao mesmo tempo atraente e inquietante. Ao dizer “I don't care if it's scary it's necessary that you know / That I can be your ghost, poltergeist” (Não me importo se é assustador, é necessário que você saiba / Que eu posso ser seu fantasma, poltergeist), a artista destaca a dualidade entre medo e desejo, mostrando que o amor pode ser tão intenso que se torna uma força sobrenatural, dominando pensamentos e emoções mesmo após o fim.