viciada

Amor como dependência emocional em “viciada” de GIULIA BE

Em “viciada”, GIULIA BE retrata o amor como uma verdadeira dependência, usando termos como “abstinência” e “viciada” para mostrar o quanto o apego pode ser intenso e até doloroso. A escolha dessas palavras vai além do romantismo tradicional, trazendo à tona a vulnerabilidade de quem sente falta do outro de forma quase física. O videoclipe reforça essa ideia ao mostrar a artista cercada por telas com imagens da pessoa amada, ilustrando a obsessão e a dificuldade de se desligar, mesmo quando o outro não está presente.

A letra é direta ao mostrar o impacto da ausência: “Acordei / Estendi o braço procurei o seu abraço mas não encontrei” e “Tô na abstinência e juro que / Eu já não tô mais entendendo o que tá acontecendo”. Esses versos deixam claro como a falta do outro se transforma em um vazio emocional e físico, comparável ao de um vício. O sofrimento é descrito como “uma dor que nem existe”, mostrando um sentimento difícil de explicar, mas que domina completamente. Expressões como “me alterei”, “causei uma confusão no meu coração” e “me enrolei nessa história” reforçam a vulnerabilidade e a perda de controle diante da intensidade do sentimento. A produção musical, com batidas marcantes, acompanha essa atmosfera de urgência e desejo, como a própria GIULIA BE destacou ao falar sobre a evolução da música. Assim, “viciada” se destaca por transformar o amor em uma experiência visceral, misturando desejo, saudade e sofrimento de forma honesta.