All That Jazz

Empoderamento e ousadia feminina em “All That Jazz”

A música “All That Jazz”, interpretada em “Glee”, mergulha no clima ousado e libertino da era do jazz, destacando a busca pelo prazer, a rebeldia e a autoconfiança feminina. A letra faz referência direta ao estilo das flappers dos anos 1920, mulheres que romperam padrões sociais com atitudes e visual marcantes. Expressões como “rouge my knees” e “roll my stockings down” (“passar rouge nos joelhos” e “abaixar as meias”) evocam esse visual provocador e a atmosfera de festas animadas, reforçada pelo convite para “pintar a cidade” e frequentar um “whoopee spot” (lugar de festas agitadas). O ambiente descrito é de diversão sem limites, com noites intensas e cheias de energia, onde o piano é “quente” e tudo pode acontecer.

No contexto do episódio de “Glee”, a música ganha ainda mais significado ao ser usada como palco para a rivalidade e o desenvolvimento de Rachel, que, ao lado de Cassandra, explora sua sensualidade e confiança, mesmo reconhecendo suas dificuldades na dança. A letra traz duplos sentidos e provocações, como em “she’s gonna shimmy ‘till her garters break” (“ela vai requebrar até a cinta-liga arrebentar”) e “if she’d hear her baby’s queer” (“se ela soubesse que seu filho é gay”), abordando temas de liberdade sexual e o choque com valores conservadores. O verso final, “No, I’m no one’s wife, but, oh, I love my life” (“Não, não sou esposa de ninguém, mas, ah, eu amo minha vida”), resume a mensagem de independência e celebração da própria identidade, capturando o espírito irreverente e empoderador do musical “Chicago” e da performance em “Glee”.