Chosen

Reflexão sobre pertencimento e esperança em "Chosen"

Em "Chosen", Glenn Hughes aborda a busca por pertencimento e aceitação, indo além do simples desejo de reconhecimento externo. A música explora uma jornada interna de autodescoberta e transcendência, refletida no verso “I walk alone, no destination / Another life is callin' me” (Caminho sozinho, sem destino / Outra vida está me chamando). Esse trecho sugere um momento de transição e reflexão sobre o próprio caminho, alinhado ao modo como Hughes compõe: apenas quando sente algo profundo a ser expresso.

A menção à “promised land” (terra prometida) e à “celebration” (celebração) traz esperança de redenção e realização, enquanto imagens como “by the water's edge, they move so ghostly” (à beira d’água, eles se movem tão fantasmagóricos) ressaltam a efemeridade da vida e a proximidade com o desconhecido. O refrão “I just wanna be chosen” (Eu só quero ser escolhido) pode ser entendido como um anseio espiritual ou como a busca por propósito e significado pessoal. Hughes já declarou que a música serve como cura para a alma, reforçando essa ideia de busca por graça e libertação, como em “On a wave, we ride to liberation / We come alive, we will be free” (Numa onda, seguimos para a libertação / Ganhamos vida, seremos livres). O pedido “will you be my guide, my lost relation / To the other side, my prophecy?” (você será meu guia, meu parente perdido / Para o outro lado, minha profecia?) mostra a procura por conexões profundas, seja com pessoas, memórias ou dimensões espirituais. O contexto de possível despedida do rock e a valorização da voz de Hughes também aparecem na atmosfera contemplativa da faixa, tornando "Chosen" um manifesto de aceitação, esperança e entrega ao fluxo da vida.