Rolandskvadet

Heroísmo e sacrifício em "Rolandskvadet" de Glittertind

Em "Rolandskvadet", a banda Glittertind resgata a tradição épica ao narrar a história de Roland e seus companheiros durante a batalha no Passo de Roncesvalles. O som do chifre Olivant, que ecoa por três dias, representa não só o pedido desesperado de ajuda de Roland, mas também a força da memória heroica que atravessa gerações. Ao manter a melodia e as letras originais, Glittertind reforça o compromisso com a preservação de uma tradição oral que inspirava coragem e união entre guerreiros noruegueses, conectando o passado épico à identidade cultural atual.

A letra destaca o contraste entre a segurança do lar — “Seks mine jarlar heime vera, gøyme det gullet balde” — e a hostilidade das “heidningalando” (terras pagãs). A batalha é descrita de forma intensa, como em “Blåmennan fall for Rolandssverd som gav seg fyri ljåe”, onde a espada de Roland é comparada a uma foice que ceifa vidas. O momento em que Roland sopra o chifre — “så bles han i med vreide; Ljoden ber ivi hav og fjell, i trio dagar av leide” — ressalta tanto sua força quanto a tragédia de sua situação, já que, mesmo à beira da morte, ele tenta proteger seu povo.

No final, Carlos Magno encontra Roland morto, “Heldt i han sitt sverd”, reforçando os temas de lealdade e sacrifício. O retorno do rei com “skipet var fullt av sylv og gull, og heidningan låg att daude” sugere uma vitória material, mas também a perda irreparável de um líder. Assim, a canção celebra a coragem, a honra e a memória dos que caíram, funcionando como um hino heroico e um lamento pelo sacrifício em nome do dever.