
Página 13
Gonzaguinha
Aparências e isolamento social em "Página 13" de Gonzaguinha
"Página 13", de Gonzaguinha, aborda de forma direta como as aparências e julgamentos superficiais podem esconder realidades trágicas. O narrador descreve o vizinho com elogios como "muito bem educado", "bom coração", "honesto, honrado e trabalhador", mostrando que, socialmente, ele era visto como um exemplo. A surpresa surge quando o narrador descobre, pelo jornal, que esse vizinho cometeu um crime brutal, matando a família e tirando a própria vida, sem deixar explicações. Essa ruptura entre a imagem pública e o ato chocante revela como, mesmo próximos fisicamente, pouco conhecemos as pessoas ao nosso redor.
O contexto do álbum, lançado durante a ditadura militar, reforça a crítica social de Gonzaguinha. Ele usa a história do vizinho para questionar não só as aparências, mas também a tendência de julgar e rotular sem conhecer de verdade. A letra traz ainda o comentário da "patroa": "Tem cara de anjo, mas nunca que ele me enganou", mostrando como os julgamentos são baseados em impressões superficiais. O verso final, "Mas, não, eu nem sei o seu nome, ele nunca falou", destaca o distanciamento e o desconhecimento real entre as pessoas, mesmo convivendo diariamente. "Página 13" propõe uma reflexão sobre isolamento, preconceito e superficialidade dos laços sociais, temas que dialogam com o clima de desconfiança e repressão do Brasil dos anos 1970.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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