
Assum Preto
Gonzaguinha
Dor e resiliência em "Assum Preto" de Gonzaguinha
A música "Assum Preto", interpretada por Gonzaguinha, utiliza a imagem do pássaro cego como uma crítica direta à crueldade humana. O trecho “Furaro os óio do assum preto / Pra ele assim, ai, cantá mió” faz referência a uma prática real do sertão nordestino, onde cegavam o pássaro para que ele cantasse mais, simbolizando a exploração do sofrimento para gerar beleza ou prazer. Essa metáfora se estende à experiência humana, especialmente quando o narrador afirma: “Também roubaro o meu amô, ai / Que era a luz, ai dos óio meu”, comparando a perda de um grande amor à cegueira e à incapacidade de enxergar a beleza da vida.
A letra, marcada pela simplicidade e emoção, ganha ainda mais força na voz de Gonzaguinha, que herdou do pai, Luiz Gonzaga, não só a canção, mas também a sensibilidade para abordar temas sociais e afetivos. O verso “Assum preto vive solto / Mas num pode avuá” reforça a ideia de uma liberdade apenas aparente: o pássaro está fora da gaiola, mas sua cegueira o impede de voar plenamente, assim como alguém que, mesmo livre, é limitado pela dor. Dessa forma, "Assum Preto" vai além da história do pássaro e se transforma em um lamento universal sobre dor, perda e a busca por resiliência diante do sofrimento.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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