Samba Enredo 2026 - Arreda Homem, Que aí vem Mulher

Protagonismo feminino e ancestralidade em “Samba Enredo 2026 - Arreda Homem, Que aí vem Mulher”

A música “Samba Enredo 2026 - Arreda Homem, Que aí vem Mulher”, da GRES Unidos de Jucutuquara, celebra a força e o protagonismo feminino, tendo Maria Padilha como símbolo central de resistência e poder. Logo nos versos iniciais, “Você sabe quem eu sou pela minha gargalhada / A rainha dessas ruas, da encruzilhada”, a letra posiciona a mulher como figura dominante, dona de si e do espaço que ocupa. A referência à encruzilhada e a Maria Padilha conecta a canção às religiões afro-brasileiras, onde Padilha representa coragem, liberdade e sensualidade. Termos como “Calunga”, “ogã” e “Mojubá” reforçam essa ligação com o sagrado, mostrando que a força feminina transita entre o profano e o divino, entre a rua e o terreiro.

A letra também destaca a dualidade da mulher, como nos versos “Se meu coração é bom, a navalha é afiada / O perfume que fascina, veneno que mata”. Aqui, a mulher é retratada como acolhedora e protetora, mas também capaz de se defender e impor respeito. O trecho “A dor que é transformada em amor / A flor que o espinho protege, não trai!” reforça a resiliência feminina, mostrando a capacidade de transformar sofrimento em força. O refrão “Arreda homem que aí vem mulher” é um chamado para abrir espaço ao protagonismo das mulheres, refletindo o movimento do Carnaval de Vitória 2026 de valorizar narrativas de resistência e liberdade feminina. A saudação “Mojubá!” ao final celebra a ancestralidade e a voz feminina, encerrando a música com reverência e afirmação.