Samba-Enredo 2018 - Olubajé - Um Banquete Para o Rei

A Celebração de Obaluaiê: Um Banquete para o Rei

O samba-enredo 'Olubajé - Um Banquete Para o Rei', interpretado pelo GRES Império da Tijuca, é uma homenagem rica e vibrante ao orixá Obaluaiê, também conhecido como Omolu. A letra da música é uma narrativa que entrelaça mitologia, fé e cultura afro-brasileira, celebrando a figura de Obaluaiê, um orixá associado à cura, à doença e à morte. A canção começa com a menção a Nanã, que entrega seu filho a Iemanjá, a deusa do mar, que cuida dele com amor e o cura. Essa passagem destaca a importância das figuras maternas e a interconexão entre os orixás na mitologia iorubá.

A letra continua exaltando Obaluaiê como um ser iluminado, filho de Oxalá e Nanã, que retorna como um caçador, feiticeiro e guerreiro. Ele é descrito como o 'senhor do sol e da terra', reforçando sua posição de poder e reverência. A menção à palha que cobre Obaluaiê é uma referência à sua representação tradicional, onde ele é frequentemente retratado coberto por palha para esconder suas feridas e proteger sua identidade. A música também faz referência a outros orixás e elementos da cultura afro-brasileira, como Ossain, o orixá das folhas e das ervas medicinais, e Iroko, o orixá da árvore sagrada.

O refrão 'Atôtô baluaiê, meu pai vem nos valer' é um chamado de devoção e pedido de proteção ao orixá. A celebração do Olubajé, um banquete oferecido a Obaluaiê, é um momento de comunhão e agradecimento, refletindo a fé e a resistência do povo que celebra suas raízes e tradições. A letra também menciona a comunidade do Morro da Formiga, que se une para vencer, simbolizando a força e a união do povo. A música é uma ode à cultura afro-brasileira, à resistência e à fé, celebrando a figura de Obaluaiê e a importância das tradições e rituais na vida das pessoas.