Mulher Não Manda Em Homem

Estereótipos de gênero e polêmica em “Mulher Não Manda Em Homem”

“Mulher Não Manda Em Homem”, do Grupo Vou Pro Sereno, aborda de forma bem-humorada e coloquial estereótipos tradicionais de gênero, o que gerou debates e polêmicas. Um dos versos mais marcantes, “Mulher foi feita para o tanque, homem para o botequim”, exemplifica como a letra reforça papéis antigos, colocando a mulher como responsável pelas tarefas domésticas e o homem como alguém que busca liberdade no bar. Esse tipo de mensagem, comum em letras antigas de pagode e samba, acabou sendo questionado pelo público atual, levando o grupo a retirar a música do repertório após críticas e sua inclusão em listas de canções consideradas machistas.

A narrativa da música gira em torno de um homem que rejeita as cobranças da parceira, preferindo ficar no bar e repetindo frases como “mulher não manda em homem” para justificar sua postura. O tom descontraído e os pedidos para “deixar eu beber em paz” reforçam a resistência à divisão igualitária de tarefas e à cobrança doméstica. Apesar do ritmo leve e da linguagem acessível, a canção reflete uma visão ultrapassada sobre os papéis de homens e mulheres, o que explica a controvérsia e o debate sobre seu significado nos dias de hoje.