Pivete É Doido

Identidade e orgulho periférico em “Pivete É Doido”

Em “Pivete É Doido”, o grupo Guettho É Guettho utiliza a repetição da frase “o pivete é doido” para destacar a ousadia e o destemor dos jovens das periferias de Salvador. A palavra “pivete” se refere ao jovem da comunidade, enquanto “doido” é usada para descrever alguém corajoso, que não tem medo de se destacar. Essas expressões, junto com outras gírias locais, aproximam a música da realidade e da linguagem dos bairros populares, mostrando como o personagem central é visto como imprevisível, mas também admirado por sua postura.

A letra traz descrições visuais marcantes, como “Joga o cap, batidão, bermudão, sandália kenner”, que ilustram o estilo de vida descontraído e autêntico dos jovens das comunidades urbanas baianas. Termos como “bolo doido”, “ferro doido” e “bicho solto” reforçam a ideia de alguém que vive intensamente, sem se prender a regras, e que é reconhecido por sua coragem e irreverência. Dessa forma, a música não apenas retrata, mas valoriza o modo de ser desses jovens, transformando características frequentemente marginalizadas em símbolos de orgulho e pertencimento.