Viena

Transformação e permanência em "Viena" de Guilherme de Sá

A música "Viena" de Guilherme de Sá usa a cidade austríaca como símbolo para falar sobre transformação e permanência. Ao citar "ouvir uma valsa de Strauss" e "navegar no Danúbio Azul", a letra faz referência direta à tradição musical de Viena, criando uma atmosfera de contemplação e beleza clássica. Essas imagens não servem apenas como cenário, mas reforçam a ideia de que a vida, assim como a cidade e suas valsas, é feita de ciclos, encontros e desencontros. Trechos como "tirar a solidão pra dançar" e "me perder e depois me encontrar" mostram como a solidão pode se transformar em autodescoberta e companhia.

A metáfora do Danúbio, expressa em "o rio muda o tempo todo e ainda permanece o mesmo", destaca que, apesar das mudanças constantes, existe algo essencial que permanece em nós e nos lugares que vivemos. O refrão questiona se é preciso partir ou ficar, sugerindo que o valor está nas experiências do presente, não na duração delas. Quando a letra diz "um rio pode secar e ainda pertencer a um lugar" e "uma canção pode cessar e ainda assim fazer parte de alguém", propõe que memórias e sentimentos continuam a nos influenciar, mesmo quando não estão mais presentes. Assim, "Viena" representa qualquer fase ou lugar da vida que, mesmo mudando, segue sendo importante e capaz de despertar emoções.