Douce Dame Jolie
Guillaume de Machaut
Amor cortês e devoção em "Douce Dame Jolie" de Machaut
Em "Douce Dame Jolie", Guillaume de Machaut retrata de forma marcante o amor cortês do século XIV, destacando a devoção absoluta e a vulnerabilidade do narrador diante da amada. O verso “Pour dieu ne pensés mie / Que nulle ait signorie / Seur moy fors vous seulement” (Por Deus, não pense que alguém tem domínio sobre mim além de você) evidencia a exclusividade e a reverência típicas desse ideal amoroso. O narrador se coloca em posição de submissão, deixando claro que sua felicidade depende inteiramente da compaixão da dama.
A letra alterna entre súplica e resignação, com o eu lírico afirmando ter servido a dama “sans villain pensement” (sem más intenções) e pedindo piedade para aliviar seu sofrimento. A expressão “ma joie est fenie / Se pité ne vous en prent” (minha alegria acabou se você não tiver piedade) reforça essa dependência emocional. O termo “douce anemie” (doce inimiga) revela a dualidade do sentimento: a dama é tanto a causa do tormento quanto a única capaz de curá-lo. O pedido final para que ela “temprement m'ocie” (me mate logo) caso não possa retribuir seu amor ilustra o sofrimento intenso e a entrega total do amante.
O contexto da Ars Nova e a estrutura do virelai contribuem para o tom delicado e respeitoso da canção. Apesar da melodia simples, a obra carrega uma emoção profunda e universal, mostrando por que "Douce Dame Jolie" permanece relevante e tocante até hoje.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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