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Batendo Água

Gujo Teixeira

Letra

    Meu poncho em poncha lonjuras
    Batendo água.
    E as águas que eu trago nele
    Eram pra mim.
    Asas de noite em meus ombros
    Sobrando casa.
    Longe "das casa" ombreada
    A barro e capim.

    Faz tempo que eu não emalo
    Meu poncho inteiro.
    Nem abro as asas de noite
    Pra um sol de abril.
    Faz muitos dias que eu venho
    Bancando o tino.
    Das quatro patas do zaino
    Pechando o frio...

    Trocam um compasso de orelhas a cada pisada.
    No mesmo tranco de várzea que se encharcou.
    Topa nas abas sombreras, que em outros ventos
    'guentaram' as chuvas de agosto que Deus mandou

    Meu zaino garrou da noite
    O céu escuro.
    E tudo o que a noite escuta
    É seu clarim.
    De patas batendo n'água
    Depois da várzea.
    Freio e rosetas de espora
    No mesmo trim!

    Falta distância de pago
    E sobra cavalo.
    Na mesma ronda de campo
    Que o céu deságua.
    Quem tem um rumo de rancho
    Pras quatro patas
    Bota seu mundo na estrada
    Batendo água!!

    Porque se a estrada me cobra, pago seu preço.
    E desabrigo o caminho pra o meu sustento.
    Mesmo que o mundo desabe num tempo feio
    Sei o que as asas do poncho trazem por dentro

    Composição: Gujo Teixeira / L. Marenco. Essa informação está errada? Nos avise.

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