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Tarde de Chuva Num Quarto de Estância

Gujo Teixeira

Letra

    Assim se passa esses dias
    Entre milongas ponteadas
    Ouvindo a chuva bater
    Contra as pedras da calçada

    Chapéu de copas batidas
    Sem cabeças dependurados
    Olhando a chuva cair
    Da aba larga dos telhados

    Um rádio velho, de mesa
    Com sua voz quase apagada
    Vai nos contando entre chiados
    De casa e várzea alagadas

    Um calendário de datas
    Nos conta os dias passados
    Com versos do velho Jayme
    E cavalos desenhados

    Meus livros (tantos relidos)
    Em suas folhas amarelas
    Vão descansando seus versos
    Na estante, junto à janela

    Um freio novo sem boca
    Botas sem pés e sem calos
    Um rebenque, um par de esporas
    Na espera dos cavalos

    Bancos com marca da estância
    (As mesmas que andam no couro)
    Da gadaria espalhada
    Dos fletes baios e mouros

    Vez enquando a chuva para
    Na sua cisma de torrente
    Mas segue pingando sempre
    Do cinamomo da frente

    E a janela se emoldura
    Feito um quadro na parede
    E a chuva segue chovendo
    Pra o campo matar a sede

    Composição: Cristiano Quevedo / Gujo Teixeira. Essa informação está errada? Nos avise.

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