Filhos do Vale
Gustavo Guimarães
Com esses olhos eu vi, estremeceu o meu coração
Consumindo quase tudo, tanto calor, forte clarão
Rastro fundo de miséria rasgando a pele e a paisagem
Veio novamente a seca, tempo medonho de estiagem
E a finura do rio que um dia foi tão diferente
Leito Vivo de fartura, era o remanso daquela gente
Foi virando areia pura, branca textura em suas margens
Devastado e ferido, foi corroído pela garimpagem
E chorava Maria e lamentava Sebastião
Era o gado que morria, em agonia a plantação
A seca se alastrava e era tão pouco o que comer
Pobre povo sertanejo que ainda consegue sobreviver
Segue assim seu destino, firme da força da sua crença
Que ameniza a sua lida e alivia a sua sentença
Entoando os seus cantos, clama aos santos, cumpre promessas
A fé e a dignidade, ao sertanejo é o que resta
Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Gustavo Guimarães e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: