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Das Cismas de Um Campeiro

Gustavo Teixeira

Trago na alma gaviona
Algum grito tarraneado
Pelos matos de aroeiras
Pitangueiras e banhados

Nos mananciais extraviados
Pronzeados do entardecer
Que eu sempre redesenhei
Tentando entender meus passos

Atropelo minhas ânsias
No lombo de um zaino negro
Procurando o segredo
Da intimista solidão

E as vezes minha oração
É um tropel de guitarras
Com a Lua entordilhada
Em sonora comunhão

Por vezes pealo silêncio
Numa milonga de campo
Com ares de contrabando
Mesclada com serenal

Sestrosa feito um bagual
Ponta de cerda esvoaçando
Mas se ata qual o couro
Do tento de um bocal

Logo abaixo da estribeira
Sem se importar com lonjuras
Perro baio alma de bruxo
Me ajuda a filosofar
No repente a talha fresca
No esboço das taperas
Farejando ancestrais
Colhendo pratas da Lua

Olhos do céu me espiando
Estrelas bordando a alma
Passo a passo tranco e calma
Pressa jus da minha essência
Pois já nasce com a cadência
Das nazarenas e bastos

E algum manojo de pasto
Jujando minha existência
Estrelas bordando a alma

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