Tear The Facists Down

União e resistência em "Tear The Facists Down" de Woody Guthrie

"Tear The Facists Down", de Woody Guthrie, é mais do que uma música de protesto: ela transforma a luta contra o fascismo em um apelo coletivo, destacando a importância da união internacional como principal arma contra a opressão. O verso “That's the union that'll tear the fascists down” (Essa é a união que vai derrubar os fascistas) não se limita a sindicatos trabalhistas, mas representa a união de povos e nações contra o avanço fascista. Guthrie reforça que só a solidariedade global pode "quebrar as correntes da escravidão" impostas por regimes autoritários, refletindo o contexto da Segunda Guerra Mundial, quando a canção foi composta como resposta direta à ameaça nazista e à necessidade de mobilização popular.

A letra agradece explicitamente aos soviéticos, chineses e britânicos, reconhecendo o papel fundamental dos aliados: “So, I thank the soviets and the mighty Chinese vets / The allies the whole wide world around” (Então, agradeço aos soviéticos e aos poderosos veteranos chineses / Os aliados do mundo inteiro). Ao citar cidades devastadas como Londres e Paris, Guthrie aproxima o horror da guerra do ouvinte, tornando a urgência do combate ainda mais clara. O refrão “Good people, what are we waiting on?” (Boa gente, o que estamos esperando?) provoca e incentiva a ação, questionando a passividade diante da injustiça. O espírito combativo da música se conecta à frase que Guthrie exibia em seu violão, “This machine kills fascists” (Esta máquina mata fascistas), mostrando que sua arte era uma ferramenta de resistência e mobilização.