Traumas

Superação e identidade em "Traumas" de Gyylo

A música "Traumas" de Gyylo aborda de forma direta como experiências de exclusão social e rejeição na infância e adolescência deixam marcas profundas na identidade do narrador. No verso “Era taxado de maluco, excluído dos grupos, vários traumas na mente, né não?”, Gyylo expõe o impacto dessas vivências, que continuam influenciando sua relação com a sociedade na vida adulta. O questionamento “Como me comportar em meio à sociedade? Traumas de um passado meu mano, nada distante” reforça que essas feridas ainda estão presentes, afetando comportamentos e sentimentos de inadequação.

A letra também destaca a dificuldade de expressar emoções, evidenciada em “O importante é esconder o sentimento / Porque no final da festa ninguém tá nem ai”. Gyylo utiliza metáforas fortes para retratar o desencanto com a vida adulta, como em “A vida adulta é uma buceta / Pronta pra te fuder depois do primeiro orgasmo”, mostrando frustração com as responsabilidades e decepções da maturidade. Já em “A vida adulta é uma caneta / Enquanto eu tiver no rap eu não assino contrato”, o artista expressa resistência em se submeter às regras sociais, buscando manter sua autenticidade através da música. O refrão, ao perguntar se alguém aceitaria um beijo mesmo diante de tantos problemas, revela vulnerabilidade e o medo de não ser aceito. Por fim, os “ensinamentos da minha área” mostram a necessidade de cautela e resiliência para enfrentar um ambiente hostil, indicando que, apesar dos traumas, há uma busca constante por força e superação.