Gasoline

Crítica à fama e saúde mental em "Gasoline" de Halsey

Em "Gasoline", Halsey aborda de forma direta a sensação de desumanização provocada pela fama e pela pressão social para se encaixar em padrões superficiais. No refrão, a artista se descreve como "parte de uma máquina", destacando como a exposição constante pode fazer com que alguém se sinta mais um produto do que uma pessoa. O trecho “With your face all made up, living on a screen / Low on self esteem, so you run on gasoline” (Com o rosto todo maquiado, vivendo em uma tela / Com baixa autoestima, então você funciona à base de gasolina) evidencia o impacto negativo das redes sociais na autoestima, mostrando como a busca por validação pode ser emocionalmente exaustiva.

A música também traz à tona a luta de Halsey com o transtorno bipolar, especialmente nos versos “I think there’s a flaw in my code / These voices won’t leave me alone” (Acho que há uma falha no meu código / Essas vozes não me deixam em paz). Aqui, ela usa a metáfora de um "código com defeito" para expressar sentimentos de inadequação e alienação, reforçando o tema da saúde mental. A repetição de questionamentos sobre comportamentos autodestrutivos e a necessidade de entreter os outros, mesmo à custa do próprio bem-estar, revela a pressão de manter uma imagem pública. A dualidade em “my heart is gold and my hands are cold” (meu coração é de ouro e minhas mãos são frias) resume o conflito entre sensibilidade e autodefesa, tornando a faixa um retrato honesto da busca por autenticidade em meio às exigências externas.