what never lived

Luto e expectativas não vividas em “what never lived”

A música “what never lived” de hannah bahng aborda a dor de lamentar um relacionamento que nunca chegou a acontecer de fato, um sentimento comum, especialmente entre jovens. A canção destaca como é possível sentir luto por algo que só existiu nas expectativas, evidenciado na pergunta central: “How do I mourn what never lived?” (Como eu lamento o que nunca existiu?). Esse verso mostra a dificuldade de superar sonhos e planos criados em torno de uma relação indefinida, onde promessas e gestos nunca se concretizaram.

Hannah bahng revelou que a inspiração veio de “situationships”, relações sem compromisso claro, o que aparece em versos como “You said it was a forever thing, not a fling” (Você disse que era para sempre, não só uma aventura) e “Seems like I fought for you more than you ever did” (Parece que lutei por você mais do que você por mim). A repetição de desculpas em noites de quinta-feira e a sensação de ter sido enganada por falsas esperanças reforçam o ciclo de expectativas frustradas. A imagem dos “fingerprints on all those memories” (impressões digitais em todas aquelas memórias) mostra que, mesmo sem um relacionamento real, as marcas emocionais são profundas. O videoclipe, ao mostrar a queima de uma Polaroid, simboliza o desejo de se libertar não só da pessoa, mas também da ilusão de um amor que nunca existiu. Assim, a música valida o sofrimento por algo que nunca foi real e incentiva o processo de seguir em frente.