Human (feat. Machine Made)

A Dualidade da Existência em 'Human' de Hardwell

A música 'Human' de Hardwell, com participação de Machine Made, explora a complexidade da condição humana através de uma série de metáforas e questionamentos existenciais. A letra começa com o eu lírico refletindo sobre suas ações e reações diante de situações de rendição e vulnerabilidade. A menção à 'plataforma de rendição' sugere um momento de entrega ou aceitação, onde, apesar das circunstâncias, o eu lírico mantém sua bondade. A ansiedade diante de 'uma porta aberta' simboliza o medo do desconhecido e a necessidade de tomar decisões importantes na vida.

O refrão da música levanta a questão central: 'Somos humanos ou somos dançarinos?' Essa pergunta pode ser interpretada de várias maneiras. Uma interpretação possível é que 'humano' representa a racionalidade, a complexidade emocional e a capacidade de introspecção, enquanto 'dançarino' simboliza a conformidade, a superficialidade e a obediência a padrões sociais. A dualidade entre ser humano e ser dançarino reflete a luta interna entre seguir nossos instintos e emoções ou nos conformarmos às expectativas externas.

A segunda estrofe presta homenagem a valores como graça, virtude, alma e romance, reconhecendo suas contribuições, mas também se despedindo deles. Isso pode indicar uma transição ou evolução pessoal, onde o eu lírico reconhece a importância desses valores, mas sente a necessidade de seguir em frente e encontrar seu próprio caminho. A repetição do refrão reforça a busca por respostas e a incerteza sobre a verdadeira natureza da existência humana. A música, portanto, é uma meditação sobre a identidade, a liberdade e a busca por significado em um mundo complexo e muitas vezes contraditório.