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El fueye de Arolas

Héctor Marcó

Letra

O Fole de Arolas

El fueye de Arolas

Silêncio, rapaziada... de pé a milonga...Silencio muchachos... de pie la milonga...
já ancorou entre nós, rendido em paz,ya ancló entre nosotros rendido en la paz,
o querido bardo, o mágico Arolas,el bardo querido, el mágico Arolas,
que voltou pra sua terra pra não ir mais.que ha vuelto a su patria para no irse más.
Parece que o tempo voltasse seus passos,Parece que el tiempo volviera sus pasos,
que Rocatagliatta, tocando um violino,que Rocatagliatta, pulsando un violín,
descesse do céu, e Cobián no pianobajara del cielo, y Cobián en el piano
bordasse em suas mãos um tango de Eduardo,un tango de Eduardo, bordara en sus manos
trazendo à sua alma o velho Paris.trayendo a su alma del viejo París.

E aí está você, acurrucado... ave dormida e cantora,Y allí estás, acurrucado... ave dormida y cantora,
velando o profundo sono de quem foi seu dono,velando el profundo sueño de aquel que fuera tu dueño,
meu velho fole de Arolas. Se ao te olhar me parecemi viejo fueye de Arolas. Si al mirarte me parece
que o espírito de Eduardo faz mover seu tecladoque el espíritu de Eduardo hace mover tu teclado
e em seu bico nacarado brota o passado uma flor.y en tu pico nacarado prende el pasado una flor.
Silêncio, rapaziada... de pé a milonga...Silencio muchachos... de pie la milonga...
voltou às varandas do bairro e sua gente,volvió a los balcones del barrio y su grey,
Arolas, o mago dos bandoneons,Arolas, el mago de los bandoneones,
viajante do Marne, boêmio de verdade.viajero del Marne, bohemio de ley.
Não ronda nas noites de Hansen pelo caisNo ronda en las noches de Hansen al muelle
com terno a rigor, salto militar,con traje a ribete, tacón militar,
mas canta nas notas de todos os folesmás canta en las notas de todos los fueyes
sua música em vida, que ri e que fere...su música en vida, que ríe y que hiere...
seu fole um canário que não vai calar.su fueye un jilguero que no ha de callar.

E aí está você acurrucado... ave dormida e cantora,Y allí estás acurrucado... ave dormida y cantora,
velando o profundo sono de quem foi seu dono,velando el profundo sueño de aquel que fuera tu dueño
meu velho fole de Arolas. Se ao te olhar me parecemi viejo fueye de Arolas. Si al mirarte me parece
que o espírito de Eduardo faz mover seu tecladoque el espíritu de Eduardo hace mover tu teclado
e este tango do passado brota em sua caixa de amor...y este tango del pasado brota en tu caja de amor...

Não toque mais; que meu coração chora de lembranças...No suenes más; que me llora el corazón de recuerdos...
Meu velho fole de Arolas...Mi viejo fueye de Arolas...


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