
Eu, Réu, Me condeno
Hélio Matheus
Contrastes sociais e solidão em “Eu, Réu, Me condeno”
A música “Eu, Réu, Me condeno”, de Hélio Matheus, expõe o contraste entre a imagem idealizada do Rio de Janeiro e a dura realidade de quem vive à margem desse cenário. O narrador, mesmo morando em Copacabana, bairro símbolo de status e beleza, enfrenta dificuldades como desemprego, despejo e desintegração familiar. O verso “Passeando pela Bahia / Mas de barriga vazia / No prego, sem trabalhar” mostra que, apesar de estar em lugares turísticos, a luta diária pela sobrevivência é marcada por privações e frustrações.
O tom de desabafo aparece na repetição do mês de fevereiro, tradicionalmente associado ao carnaval e à alegria, mas que, para o protagonista, representa solidão e impotência. A referência à “Cidade maravilhosa / Cheia, encantos mil” é usada de forma irônica, já que a beleza do Rio não ameniza o sofrimento pessoal. O trecho “Minha viola não fala / Pois se falasse, também ia” indica que até a música, normalmente um refúgio, perde o sentido diante das perdas e do abandono. Lançada em 1973, a canção também reflete o contexto de crise econômica e social do Brasil na época, tornando a letra ainda mais relevante ao retratar a luta cotidiana de quem não se encaixa no sonho carioca.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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