Dr. Stein

Sátira e crítica social em “Dr. Stein” da Helloween

“Dr. Stein”, da Helloween, faz uma sátira bem-humorada ao mito de Frankenstein, transformando o cientista em um criador de figuras excêntricas como músicos de rock e políticos. A letra ironiza a ideia de que personalidades públicas seriam, na verdade, "criações" de um cientista entediado, destacando o humor ácido ao mostrar Dr. Stein clonando sua assistente por motivos fúteis: “His assistant's hips were nice / So he cloned her once or twice” (Os quadris da assistente dele eram bonitos / Então ele a clonou uma ou duas vezes). Em seguida, ele clona a si mesmo e acaba morto por sua própria cópia, uma crítica direta à arrogância humana diante da ciência e às consequências imprevisíveis de brincar de Deus.

A música mistura elementos de ciência, tecnologia e absurdo, como nos versos que citam experimentos com DNA, computadores e "certain spray" (um certo spray), sugerindo que a busca por inovação pode facilmente se tornar ridícula ou perigosa. A referência ao universo do fantástico, como “Halloween”, reforça o tom leve e debochado da canção. No final, quando as criaturas se tornam "great possession" (grande posse) e "great oppression" (grande opressão), a crítica se amplia: aquilo que criamos para nos servir pode acabar nos dominando. O humor autodepreciativo, presente também em versões posteriores e no videoclipe, mostra que a banda usa a música para brincar com temas sérios de forma leve e irônica.