A Minha Alma

Crítica social e busca por liberdade em “A Minha Alma”

O verso “paz sem voz, paz sem voz não é paz, é medo” destaca a crítica central da música “A Minha Alma”, composta por Marcelo Yuka para O Rappa, e não por Herbert Vianna. A canção denuncia a ideia de uma paz baseada no silêncio e na repressão, mostrando que a verdadeira paz só existe quando há justiça e liberdade. A letra utiliza uma linguagem direta para expor a opressão social e a falsa sensação de segurança que muitas vezes esconde a violência e a exclusão.

Outro trecho marcante, “as grades do condomínio são pra trazer proteção, mas também trazem a dúvida se não é você que tá nessa prisão”, questiona se as medidas de segurança realmente protegem ou apenas isolam as pessoas, alimentando o medo e a sensação de aprisionamento. Já em “me abrace, e me dê um beijo, faça um filho comigo, mas não me deixe sentar na poltrona num dia de domingo”, a música sugere que as conexões humanas verdadeiras são uma forma de resistir à apatia e ao conformismo. No fim, “A Minha Alma” rejeita a paz que exige submissão e silêncio, defendendo a importância de uma postura ativa diante das injustiças para alcançar uma felicidade genuína.