My Name Is Human

Reflexões sobre identidade e tecnologia em “My Name Is Human”

"My Name Is Human", da Highly Suspect, explora o conceito de humanidade em um contexto onde a fronteira entre o natural e o artificial está cada vez mais difusa. Johnny Stevens, vocalista da banda, já afirmou que a música sugere que talvez não sejamos totalmente humanos, apontando para uma transformação causada pela evolução tecnológica e social. Esse questionamento aparece no refrão: “Hello, my name is human / And I came down from the stars” (Olá, meu nome é humano / E eu vim das estrelas), que pode ser interpretado tanto como uma referência à origem cósmica da vida quanto como uma metáfora para o sentimento de alienação no mundo moderno.

A letra incentiva a busca por autoconhecimento e autenticidade, rejeitando padrões impostos e valorizando a autoaceitação: “Fuck everyone else / Gotta remember that nobody's better than anyone else, here” (Que se dane todo mundo / É preciso lembrar que ninguém é melhor do que ninguém aqui). O convite para “levantar do joelho” e “ficar cara a cara com seu Deus” sugere um confronto direto com as próprias crenças, buscando respostas dentro de si. O verso “I stole the power from the sun / I am more than just a man (no longer disillusioned)” (Eu roubei o poder do sol / Sou mais do que apenas um homem [não estou mais desiludido]) reforça a ideia de superação dos limites humanos. O videoclipe, ao mostrar a construção de uma robô, amplia a discussão sobre identidade e autenticidade diante dos avanços tecnológicos. Por fim, a recusa em buscar respostas definitivas – “I'm not asking questions / Cause questions have answers / And I don't want answers” (Não estou fazendo perguntas / Porque perguntas têm respostas / E eu não quero respostas) – revela uma postura existencialista, valorizando a jornada de autodescoberta em vez de certezas absolutas.