Antiphon, o Quam Mirabilis Est

A Maravilha da Criação Divina em 'Antiphon, o Quam Mirabilis Est'

A música 'Antiphon, o Quam Mirabilis Est' de Hildegard Von Bingen é uma celebração da criação divina e da sabedoria de Deus. Hildegard Von Bingen, uma das figuras mais proeminentes do século XII, era uma mística, compositora e visionária. Sua obra é conhecida por sua profundidade espiritual e pela maneira como ela entrelaça a teologia com a música.

A letra da música começa exaltando a 'presciência do coração divino', que é descrita como maravilhosa. Esta presciência refere-se ao conhecimento prévio de Deus sobre todas as coisas, incluindo a criação de todas as criaturas. Hildegard destaca a onisciência divina, sugerindo que Deus, ao criar o homem, já tinha em mente todas as suas obras. A visão de Deus sobre a face do homem é um reflexo de sua própria criação, indicando que a humanidade é uma manifestação integral da obra divina.

A música também celebra a inspiração divina que 'suscitou' o homem. Hildegard vê a criação do homem como um ato de inspiração divina, algo que é ao mesmo tempo maravilhoso e misterioso. A palavra 'suscitar' aqui pode ser interpretada como dar vida ou despertar, sugerindo que a vida humana é um dom direto de Deus. A música, portanto, é uma meditação sobre a relação íntima entre o Criador e sua criação, e a maravilha que é a vida humana como uma expressão da sabedoria e do amor divinos.