Una Vida Chola (part. Lefty Sm)

Realidade e resistência em “Una Vida Chola (part. Lefty Sm)”

Em “Una Vida Chola (part. Lefty Sm)”, Homer El Mero Mero e Lefty Sm apresentam um retrato direto da vida nas periferias urbanas, especialmente na Argentina e no México. O verso repetido “Otra vez salí a la calle, mamá quedó sola” destaca o peso emocional de quem precisa sair para buscar sustento, deixando a família para trás. Essa frase sintetiza o sacrifício e a solidão que marcam a rotina de quem vive à margem, reforçando o ciclo de sobrevivência imposto pela realidade das ruas.

O termo “vida chola” vai além da referência à cultura de gangues: simboliza resistência, orgulho e adaptação diante das adversidades enfrentadas por comunidades marginalizadas. A letra aborda a necessidade de estar sempre alerta (“Tengo que cuidarme con una pistola”/Tenho que me cuidar com uma pistola), o uso de drogas como fuga do estresse (“Ya no duermo si no tengo un toque pa desestresarme”/Já não durmo se não tenho um baseado para relaxar) e a busca por oportunidades fora do país (“La vivo en Argentina pero me la gano afuera”/Vivo na Argentina, mas ganho a vida fora). As menções ao “gauchito” e à bandeira argentina reforçam o orgulho nacional, enquanto o “bisne” (negócio) e a vida no bairro mostram a luta diária por respeito. Com versos honestos e linguagem urbana, a música expõe as dificuldades, escolhas e sonhos de quem enfrenta a marginalização, mas mantém a identidade e a esperança.